28 de Abril de 2025
Em uma cidade onde todos corriam contra o relógio, um velho relojoeiro chamado Samuel mantinha uma loja cheia de relógios parados. Os clientes reclamavam: "Por que não os conserta?" Ele respondia: "Não são eles que estão quebrados. Somos nós, que esquecemos como ouvir seu tique-taque."
Certa tarde, uma executiva estressada entrou na loja, exigindo que ele consertasse seu cronômetro. Samuel, em vez disso, convidou-a para sentar-se e observar um relógio de pêndulo. "Percebe como cada oscilação é uma respiração?", disse. "O tempo não é um inimigo a ser derrotado, mas um ritmo a ser dançado." Aos poucos, ela começou a notar detalhes: a luz do entardecer entrando pela janela, o cheiro de madeira envernizada, o som harmonioso dos ponteiros.
Quando saiu, levou consigo um relógio de corda, mas também uma nova percepção: a pressa rouba a riqueza do agora. Samuel não consertara seu cronômetro, mas reajustara sua relação com o tempo.
Quantas vezes transformamos horas em adversárias? Entre prazos e metas, esquecemos que cada minuto é uma oportunidade de existir plenamente. Que tal hoje observar um momento sem olhar para o relógio? Talvez o café da manhã, o trajeto para o trabalho ou uma conversa trivial ganhem novas cores quando vividos sem a ditadura do cronômetro.
Que seu dia seja uma melodia de presença, não uma corrida contra o tempo.