O Oleiro e os Vasos Imperfeitos

Segunda-feira, 17 de Fevereiro

Em uma pequena vila, um oleiro dedicava horas perfeccionistas a cada vaso que moldava. Um dia, enquanto trabalhava, um dos vasos rachou durante a queima. Frustrado, ele ia jogá-lo fora quando um ancião o interrompeu: "Por que destruir algo que ainda pode ser belo?" O oleiro respondeu: "A rachadura o torna inútil!" O ancião sorriu: "Talvez você não veja o que essa imperfeição pode revelar."

Intrigado, o oleiro decidiu terminar o vaso. Na semana seguinte, encheu-o com água e flores. Para sua surpresa, a rachadura permitia que a luz do sol atravessasse o barro, criando padrões dourados no chão. Os moradores se encantaram com a peça única, e logo outros vasos "imperfeitos" foram encomendados.

Assim como o oleiro, quantas vezes rejeitamos partes de nós mesmos por medo de não sermos "inteiros"? Uma fragilidade emocional, um erro do passado ou uma característica que julgamos inadequada podem parecer rachaduras, mas são justamente elas que permitem à luz interior brilhar de formas inesperadas.

A vida não nos molda para sermos impecáveis – ela nos queima com desafios para que descubramos nossa beleza oculta. Que tal, nesta segunda-feira, abraçar suas "rachaduras"? Talvez seja através delas que sua resiliência inspire alguém, ou que sua vulnerabilidade crie conexões mais profundas.

Lembre-se: até a cerâmica mais resistente já foi barro flexível. Sua história não termina nas quedas, mas na maneira como se reconstrói.

Tenha uma semana leve, cheia de autocompaixão e olhos atentos às belezas escondidas em você!