Sexta-feira
Em um vilarejo antigo, havia quem passasse a vida à espera do sol. De manhã, os olhos fitavam o leste, ansiosos por um raio que rompesse as nuvens ou a névoa. Se o dia nascesse cinzento, a alma se entristecia, e as mãos permaneciam inativas, presas à melancolia da ausência de luz. Mas havia também a tecelã, de idade imprecisa e sabedoria incontestável. Ela não esperava pelo sol; ela o tecia. Com fios de esperança e linhas de esforço, ela entrelaçava em seu tear cores vibrantes que imitavam a alvorada mais gloriosa. Cada ponto era uma decisão, cada nó, uma superação. E enquanto os outros reclamavam da escuridão, a tecelã irradiava sua própria luz, aquecendo não só a si mesma, mas a todos que se aproximavam de seu ateliê. A vida, sussurrava ela, não é uma sala de espera pela iluminação externa, mas um ateliê onde somos convidados a tecer, com as mãos da intenção e do propósito, o nosso próprio sol interior. O que você está esperando para começar a tecer o seu?
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