A Fonte que Aprendeu a Ecoar Silêncios

02 de Maio de 2025

Na praça central de uma metrópole barulhenta, havia uma fonte cujos sons eram abafados pelo caos urbano. Um dia, um artista modificou-a: em vez de água, jorrava letras de metal com poemas gravados. As pessoas paravam para tocá-las, e os versos ecoavam como sussurros.

A obra, chamada "Vozes Submersas", lembrava que até no ruído há histórias esperando para ser ouvidas. Um colega de trabalho rude pode esconder um grito por ajuda, um estranho mal-humorado carrega batalhas invisíveis.

Que tal hoje praticar a escuta além das palavras? Observar o cansaço nos olhos de alguém, a ansiedade em um sorriso forçado ou a solidão em um silêncio prolongado. Às vezes, a compaixão mais profunda está em perceber o não dito.

Como a fonte, podemos ser canais de entendimento. Um "está tudo bem?" sincero, um abraço sem pressa ou um oferecimento de ajuda discreto podem ser poemas que transformam ruído em diálogo.

Que seu dia encontre beleza até nas entrelinhas da vida.