O Alfaiate das Palavras

Quarta-feira, 12 de Fevereiro

Em um pequeno vilarejo, vivia um alfaiate que costurava não apenas tecidos, mas também histórias. Ele acreditava que as palavras eram como linhas: poderiam unir ou separar, apertar ou acolher. Certa vez, uma cliente chegou frustrada, dizendo: "Meus relacionamentos estão esgarçados. Não sei como consertá-los." O alfaiate entregou-lhe um novelo de lã e disse: "Leve isso e, por uma semana, substitua cada crítica por uma pergunta. Em vez de ‘você errou’, experimente ‘o que aprendeu com isso?’"

A mulher seguiu o conselho. Descobriu que perguntas gentis abriam portas, enquanto acusações fechavam corações. Seus laços começaram a se refazer, lentamente, como um tecido reparado com paciência.

Assim como ela, quantas vezes costuramos diálogos com fios ásperos? Palavras impacientes, julgamentos apressados ou silêncios cortantes podem rasgar conexões. Mas quando escolhemos linhas de empatia, até os conflitos viram oportunidades de criar novos padrões.

Hoje, proponho um desafio: observe como você "veste" suas conversas. Uma palavra de gratidão pode ser um botão que sustenta o casaco de um dia frio. Um elogio sincero, um bordado que enobrece o ordinário. E se alguém ferir você com palavras duras, lembre-se: até a agulha mais afiada pode ser guiada para costurar cura, não dor.

A comunicação é uma arte – e você é o alfaiate do seu próprio legado. Que tal começar hoje a criar tramas mais leves e resistentes?