Retrospecto como visitante embala Colorado para duelo direto com o São Paulo nesta quarta-feira, às 21h30, no Morumbi, pela 37ª rodada do Brasileirão
Por Eduardo Deconto — Porto Alegre
O Inter de Zé Ricardo inverte a lógica para alimentar o sonho da vaga direta na Libertadores de 2020. Antes quase imbatível no Beira-Rio, a equipe deixou pontos valiosos em tropeços recentes dentro de casa. Mas se recuperou – em parte – distante de seu reduto. Tanto que o Colorado se mantém vivo na briga pelo G-6 graças ao desempenho como visitante.
Os números estão aí para provar. Passados nove jogos sob o comando do treinador, o Inter vai melhor fora do que nas partidas no Beira-Rio. São 46,6% de aproveitamento em cinco partidas como visitante, contra 41.6% nos quatro jogos em casa (veja os números na tabela abaixo).
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O retrospecto como visitante impulsiona a equipe para o duelo direto com o São Paulo na próxima quarta-feira, às 21h30, no Morumbi, pela 37ª rodada do Brasileirão. O Colorado é sétimo colocado com 54 pontos, a três do Tricolor, sexto com 57.
Uma vitória na capital paulista faz o Inter desbancar o adversário para assumir a sexta colocação graças ao critério do número de vitórias. Ainda, leva para a última rodada a vantagem de atingir a fase de grupos da Libertadores de 2020 com um triunfo simples sobre o Atlético-MG, no Beira-Rio.
O recorte das últimas rodadas evidencia a “lógica inversa” colorada. Após amargar dois tropeços contra Fortaleza (empate em 2 a 2) e Goiás (derrota por 2 a 1) em Porto Alegre, o Inter foi ao Rio de Janeiro e venceu o Botafogo por 1 a 0 no Nilton Santos. O resultado combinado a uma rodada “perfeita” com derrotas dos demais rivais na briga pela Libertadores deram fôlego à equipe na disputa pela vaga.

– Os times aqui no Beira-Rio pensam em jogar bem defensivos. Saem rápido no contra-ataque. A gente ficava exposto, eles conseguiam fazer os gols através do nosso ataque. Temos que tomar cuidado. E lá na frente manter um pouco de calma para finalizar bem as jogadas – afirmou Guerrero em entrevista coletiva.
A oscilação em casa chama atenção após um primeiro turno quase perfeito no Beira-Rio, com nove vitórias e dois empates. Mas ela não é exclusividade da “era Zé Ricardo”, e sim fruto da instabilidade que assolou a equipe desde o vice na Copa do Brasil.
De lá para cá, o Inter disputou oito partidas no Beira-Rio, com apenas duas vitórias, além de quatro empates e duas derrotas. O aproveitamento que era de 87,8% como mandante no primeiro turno despencou para 41,6% no returno. E isso se refletiu nos ânimos dos torcedores, com cobranças, vaias e protestos recentes – a exemplo do que ocorreu após a derrota para o Goiás.
O Inter de Zé Ricardo
Em casa | Fora | Total |
4 jogos | 5 jogos | 9 jogos |
1 vitória | 2 vitórias | 3 vitórias |
2 empates | 1 empate | 3 empates |
1 derrota | 2 derrotas | 3 derrotas |
6 gols feitos | 4 gols feitos | 10 gols feitos |
6 gols sofridos | 6 gols sofridos | 12 gols sofridos |
41.6% de aprov | 46,6% de aprov. | 44,4% de aprov. |
–Depois da final da Copa do Brasil, houve uma queda da nossa equipe. É muito importante trabalhar a questão integrada, mas a parte emocional. É uma pressão muito grande conquistar a vaga, mas precisamos pensar jogo a jogo. Foram dois dias bem difíceis. Talvez vir para o Rio tenha feito bem a nós – disse Zé Ricardo após o jogo diante do Botafogo.
Na contramão da queda no Beira-Rio, o Inter melhorou seu desempenho fora de casa no segundo turno. A equipe encerrou o primeiro turno com apenas 25% de aproveitamento como visitante – só duas vitórias, um empate e seis derrotas em nove partidas. No returno, são três vitórias, dois empates e quatro derrotas em nove jogos: 40,7% de aproveitamento.
O Inter enfrenta o São Paulo em confronto direto pelo G-6 na quarta-feira, às 21h30, no Morumbi, pela 37ª rodada do Brasileirão. O Colorado é sétimo colocado, com 54 pontos, e está a três do tricolor paulista, quarto com 57.